quinta-feira, 12 de julho de 2012

Profusão de Livros




Estava pensando no que escrever no blog, por estar um tanto desesperada para tirá-lo do marasmo no qual ele se encontra, quando olhei para cima e vi as prateleiras cheias de livros, baixei a cabeça e, olhando ao redor, para a minha escrivaninha; notei que ela está igualmente atolada de livros.

Eu devo ter bem uns sessenta livros, e acho pouco. Eu devo ter bem uns sessenta livros e apesar de achar pouco e querer ter mais, tem bem uns sete que eu ainda não consegui ler e outros, os quais, há anos eu não abro. Estão ali empilhados criando poeira. Sei que há o apego e o apelo visual de olhar para os livros e pensar: “nossa, como eu leio muito! Como eu sou culto!” E até para quem ver e pensa: “fulano de tal é um leitor ávido”. Eu sei porque eu também tenho essa vaidade que é quase uma obsessão permeada por uma carência, de não se achar suficientemente inteligente. 

Tenho alguns livros aqui que eu não gostei. Li sofregamente uma vez, apenas para justificar o dinheiro gasto e nunca mais cheguei nem perto, nem pretendo chegar. Mas mesmo assim não me desfaço deles. E eu me pergunto: Por quê? Nem eu mesma sei. Eu poderia muito bem me desfazer deles, passar adiante, para que talvez eles encontrem alguém que goste de lê-los; porém eu ainda reluto em deixá-los irem embora. 

Os livros foram feitos para serem lidos - este é o propósito deles. Livros que não são lidos não existem. Portanto, livros não devem ficar pegando poeira na estante. E ao mesmo tempo que este post também é um lembrete mental a mim mesma, para aprender a cultivar o desapego, também é um lembrete para que eu releia os livros que eu gostei, e que faz tempo que não pego neles; porque com o tempo você começa a se esquecer do que leu e só se lembra mais ou menos do que se trata.

Sei que deve ter gente pensando que estou fazendo um marketing oculto, já que este é o blog de um sebo, o qual compra e vende livros usados, mas não é. Se vocês têm livros em casa que estão “encostados”, passe os adiante, dê a um amigo/amiga/pai/irmão ou doe para alguma biblioteca, sei lá. Contanto que os livros possam cumprir seu propósito.

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