quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um Retrocesso ou Nada Mudou

Tem uma parte muito interessante no filme sobre Martinho Lutero, onde ele vai até Roma e lá se depara com o comércio da Salvação. Pagando, qualquer um podia conseguir a salvação da alma daquele parente morto; não importa se aquele parente morto foi um notório pecador, de moral execrável: era só dar o nome do falecido, pagar, pegar o certificado e subir os degraus da igreja de joelhos, rezando um Pai Nosso. Quando chegasse lá em cima, a alma do seu parente estaria salva e, de quebra, ainda era possível encomendar uma missa pela alma do defunto, só para fechar com chave de ouro.

Vemos o próprio Lutero fazendo isso no filme. Vemos o próprio Lutero se sentindo ridículo e enganado durante o percurso. Quem vê o filme também fica indignado, acha um absurdo como a Igreja usava o nome de Deus para manipular as pessoas. 

Na cena seguinte, Lutero fica sabendo que finalmente vai conhecer os Evangelhos. Como pode um homem religioso, não saber as Escrituras? Então nos damos conta de como os próprios membros da Igreja eram ignorantes.



Mas eram outros tempos, a maioria das pessoas não sabia ler e escrever. Pouquíssimas tinham acesso a Bíblia, e mesmo assim como pode ser visto mais adiante no filme, só quem entendia grego e latim podia decifrá-la. Algo completamente diferente de hoje, onde a maioria das pessoas sabem ler e escrever, onde qualquer um pode ter acesso a Bíblia escrita na língua pátria. Usura e Simonia são coisas do passado. Um passado vergonhoso. Certo? 

Mas aí a gente se depara com isso:




E realmente começo a acreditar na ideia de que o mundo nunca irá mudar.


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