segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Metamorfose - Franz Kafka

“Certa manhã, após um sono conturbado, Gregor Samsa acordou e viu-se em sua cama transformado num inseto monstruoso.”

Assim, de forma simples e direta, que começa o livro, com o relato do dia que o jovem Gregor Samsa acordou e se viu metamorfoseado numa barata gigante. E o engraçado disso tudo é a reação dele, cuja única preocupação era arrumar um modo de conseguir se levantar daquela cama, pois estava atrasado para o trabalho porque havia perdido o trem - ele era caixeiro viajante. Qualquer um nessa situação, provavelmente se enfartaria com o susto, sequer se lembraria de que tem um emprego, muito menos de que está atrasado. Tal desespero se explica pelo fato dele ser o único responsável pelo sustento da família, a qual levava uma vida confortável graças a ele.

Tirando o desespero e o susto inicial - que vê-lo convertido naquela forma horrenda e repugnante - causou nos seus pais e na irmã; percebemos que há ali mais preocupação em manter as aparências, em esconder da sociedade a situação em que ele se encontrava, do que preocupação de fato com ele. O pai é mais implacável com ele do que a irmã e a mãe. A irmã ainda se preocupa com o seu bem estar, levando-lhe comida e cuidando da limpeza do seu quarto. A mãe sofre por ele, mas o pai não demonstra nada além de raiva toda vez que o vê.

Com o tempo a família se vê obrigada a se reestruturar diante dessa nova situação. O pai arruma um emprego num banco, a mãe começa a costurar para fora e a irmã arruma um emprego de atendente numa loja de chapéus, enquanto estuda nas horas vagas estenografia e francês. Gregor Samsa passa a ser visto apenas como um peso para eles, um inútil, que em nada lhes lembra o antigo Gregor.

A Metamorfose é um clássico, quem nunca leu com certeza já deve ter ouvido falar dele e de seu autor. Não sei aonde eu li uma vez, que o Gabriel García Márquez quis se escritor quando criança leu este livro. Recentemente o cantor Otto se inspirou nele ao nomear o seu disco “Certa manhã acordei de sonhos intranquilos”.

O livro é de leitura fácil e é pequeno; dá para ler tranquilo em um dia se você tiver tempo e não for preguiçoso. E agora com as férias chegando dá pra levá-lo na bolsa ou na mochila para se distrair, enquanto espera para embarcar no avião, no ônibus, no barco…

… Em breve postarei aqui mais dicas literárias para as férias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário